Agora que já assisti o episódio 17 da 15ª temporada de Grey’s Anatomy (já até publiquei o guia de episódios aqui no blog) sobre a pesquisa brasileira sobre queimaduras que foi assunto na série posso postar essa notícia aqui no blog…
Grey’s Anatomy usa estudo brasileiro em caso médico de um de seus episódios
Anderson Narciso
O Brasil está batendo ponto em Grey’s Anatomy! No episódio exibido na semana passada (14) nos Estados Unidos, uma pesquisa desenvolvida por pesquisadores brasileiros virou tema de um dos casos da série.
Acontece que o estudo envolvendo a utilização da pele de tilápia para tratar queimaduras foi desenvolvida aqui no Brasil. A pesquisa foi feita pelo núcleo de Pesquisa e Desenvolvido de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará. Os estudos, bem como sua aplicação, estão sendo desenvolvidos e praticados desde 2016.
No episódio em questão, quem fala do assunto foi o Dr. Jackson Avery (Jessie Williams), que chegou a mencionar que a descoberta é brasileira. Além disso, ele destaca o quão revolucionário é o tratamento, bem como os efeitos colaterais que são mínimos.
A pesquisa
Uma publicação do Blog Minha Série, escrito por Camila Pessoa, destaca que o tratamento mostrado em Grey’s Anatomy estava condizendo com a realidade.
“Os estudos realizados para analisar os efeitos de curativos biológicos feitos com a pele de tilápia mostram que uma das vantagens é a redução de dores e desconfortos nos pacientes, já que eles precisam ser trocados menos vezes que os curativos tradicionais. Além disso, o tratamento desenvolvido pelos pesquisadores cearenses produz melhores efeitos de cicatrização.”, escreveu Pessoa (via Nexperts).
O procedimento, utilizado em queimaduras de 2° grau profundo e de 3° grau, ainda diminui os custos do atendimento. Isso porque trata-se de um curativo biológico temporário para fechar a ferida, evitando contaminação, desidratação e trocas diárias de curativos.
“A tilápia foi escolhida porque as primeiras fases do estudo mostraram que sua utilização clínica era adequada. Além disso, mantinha semelhanças com a pele humana, como grau de umidade, alta qualidade de colágeno e resistência. Até 2017, o tratamento já havia sido aplicado em mais de 60 pessoas. No ano passado, foi exportado para os Estados Unidos, para tratar ursos, pumas e leões vítimas de um incêndio na Califórnia.”, completou Pessoa na publicação.
Vale ressaltar que em 2017 a pesquisa também foi utilizada em um dos primeiros episódios de The Good Doctor. É o Brasil marcando presença lá fora!